ANÁLISE. Ao projetar desesperadamente que tudo está como dantes, o Kremlin apenas sublinha o quanto mudou.
ANÁLISE. Ao projetar desesperadamente que tudo está como dantes, o Kremlin apenas sublinha o quanto mudou.
Mesmo depois de a poeira assentar, continua a fazer pouco sentido. É importante recordar que ainda não ouvimos Yevgeny Prigozhin dizer que aceitou o exílio na Bielorrússia e que não há provas de que as suas unidades tenham efetivamente parado. Ele é um proliferador de desinformação.
Esta é talvez a maior lição da chamada Marcha da Justiça. Não é que um chefe mercenário não tenha enviado uma força de dimensão modesta para Moscovo para executar um golpe, mas que o Kremlin teve de o deixar ir. A posição de Putin estava claramente a enfraquecer devido à catastrófica má gestão da guerra.
Só podemos tentar adivinhar se a ideia de Prigozhin no comando terá causado tanto pânico nas casas de campo da elite dos subúrbios de Moscovo que sustentam o apoio a Putin. No entanto, a sua vulnerabilidade está agora comprovada, pela primeira vez em 23 anos – duas décadas em que acumulou muitos inimigos e dívidas.
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