Apesar de novo, o Chega é velho e bafiento. E eu que me orgulho de ser sulista, elitista e liberal (e sportinguista pois então) estou nas antípodas desse teatro.
Um dia no decorrer de um repasto em que se falou essencialmente de política, procurei à laia de comentador amador, elencar as razões e emoções que motivam os eleitores a decidir o seu voto.
A direita vai ganhar porque o país está farto do PS e o PNS pode ser o messias do aparelho socialista a atirar beijos à Variações no regresso ao parlamento, mas não tem carisma popular e só tem cadastro . Defendi uns tempos atrás que seria possível e até desejável que na mais que provável hipótese de não haver maioria absoluta do PSD, e para obviar o argumento de que votar num PSD que não faria alianças pós-eleitorais seria um passo na ingovernabilidade, que o Chega fizesse parte de um arco de governação reformista à direita . Hoje após ter assistido aos debates e campanha retrato-me completamente.
Resta-me um suspiro final pela IL que será o animal sacrificado destas eleições. Cada vez mais ouvimos e ouviremos por parte de atores políticos e comentadores de série B quão determinante será este ato eleitoral, dramatizando e aumentando a parada para colher o efeito do voto útil. Mas não, estas eleições são tão decisivas como as anteriores e as futuras, num ciclo democrático que se espera que não se encerre.
A outra causa, essa sim totalmente intrínseca, foi a estratégia seguida. E até começou bem ao recusar a coligação pré-eleitoral com o PSD. Aliás os partidos que se escondem dentro de partidos maiores ou servem de muletas daqueles, estão condenados a desaparecerem pela sua cobardia política de enfrentar o eleitorado. .
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