Saudando o 'ato de enorme dignidade' angolano, Paulo Rangel sublinhou a 'infinita gratidão' de Portugal ao povo de Angola por permitir a reabilitação dos talhões do cemitério de Santa Ana.
O ministro dos Negócios Estrangeiros visitou este sábado os talhões militares portugueses no cemitério da Santa Ana, Luanda, sublinhando o “verdadeiro espírito de reconciliação” de Angola que permitiu homenagear os soldados ali sepultados.e suas autoridades por permitirem e apoiarem o esforços de reabilitação dos talhões do cemitério de Santa Ana onde repousam os restos mortais de mais de 450 soldados portugueses.
Considerou ainda que na comemoração deste cinquentenário Portugal tem dado “um sinal de reconciliação”, não só em relação a Angola, mas também a outros países que foram colónias e com os quais mantém atualmente uma relação bilateral “de igual para igual”. O embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, disse que o atual espaço cemiterial “pouco tem a ver com o que encontrou em abril de 2022”, salientando que esta é uma homenagem a todos os que tombaram e foram “irmãos de armas”, os que lutaram por Portugal e os que lutaram por Angola.
A recuperação dos espaços dos cemitérios de Santa Ana e do Alto das Cruzes, em Luanda, onde se encontram inumados militares portugueses, insere-se no Programa Estratégico Estruturante “Conservação das Memórias” da Liga dos Combatentes , designado como “Operação Embondeiro”, iniciado em 2019 Os restos mortais das sepulturas exumadas serão depositados nos ossários, entretanto recuperados nos trabalhos em curso.Numa etapa posterior está prevista a exumação de mais algumas sepulturas em vários locais espalhados pelo território angolano e respetiva transladação para os ossários em Luanda ou para ossários a construir em alguns cemitérios onde exista maior concentração de sepulturas.
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