Sempre foi difícil apurar qual a verdadeira força e influência de Yevgeny Prigozhin, tal como é difícil apurar se o líder do Grupo Wagner acreditava mesmo ter força e influência para ditar o que devem fazer as lideranças militares russas e em última instância o próprio presidente Vladimir Putin. Difícil de apurar visto de fora, provavelmente difícil de apurar também visto de dentro. E será entre a realidade e a perceção que a Rússia terá de resolver (mesmo) uma crise que fragiliza o Estado e acontece no pior dos momentos - o início da contraofensiva ucraniana. O próprio Putin o admitiu, em comunicação televisiva de urgência, quando nada prenunciava um acordo: 'Esta batalha, quando o destino do nosso povo está a ser decidido, requer a união de todas as forças, união, consolidação e responsabilidade. Uma rebelião armada num momento como este é um golpe para a Rússia, para o seu povo'.
Sempre foi difícil apurar qual a verdadeira força e influência de Yevgeny Prigozhin, tal como é difícil apurar se o líder do Grupo Wagner acreditava mesmo ter força e influência para ditar o que devem fazer as lideranças militares russas e em última instância o próprio presidente Vladimir Putin. Difícil de apurar visto de fora, provavelmente difícil de apurar também visto de dentro.
Até aos acontecimentos de ontem - com ocupação da cidade russa de Rostov-do-Don pelo Grupo Wagner e ameaça de marcha sobre Moscovo - muito se especulou sobre se as críticas de Prigozhin à forma como estava a ser feita a guerra na Ucrânia eram uma forma maquiavélica de o próprio Putin manter a pressão sobre as chefias militares.
Mesmo reclamando ter 25 mil homens às suas ordens, e com um vasto currículo de serviço aos interesses da Rússia, do Médio Oriente até África, Prigozhin sabe ter também muitos inimigos no circuito do poder e sobretudo nas chefias militares.
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