Depois de um momento de triunfo do liberalismo internacional, é hoje evidente que a história regressou. E a ascensão dos BRICS mostra que o poder – duro e suave, económico e militar – continua a ser determinante.
A XV cimeira anual dos BRICS, que decorreu entre os dias 22 e 24 de agosto em Joanesburgo, confirmou o advento de um mundo multipolar onde, além das superpotências, importam também as médias potências e os blocos regionais e de interesses. O anunciado alargamento do bloco vai impactar a geoeconomia mundial.
A década que se seguiu, marcada pelo crash das commodities, desafiou as previsões de Jim O’Neill. Mas, apesar dos riscos económicos, quase duas décadas depois, a China rivaliza com os Estados Unidos em vários domínios. A Índia, que segundo estimativas do FMI deverá ser, de entre as grandes economias, a que mais cresce em 2023, está bem posicionada para se tornar uma superpotência.
Este BRICS a onze poderá, em caso de ação concertada, impactar a geoeconomia mundial. O grupo integra agora vários países-chave no mapa da produção e das cadeias de abastecimento de minerais e recursos energéticos. Por outro lado, a inserção nos BRICS não é vista da mesma forma pelos vários membros. Para a China, trata-se de mais uma plataforma, à semelhança de outros fóruns ou organizações como as Nações Unidas, a partir da qual pode expandir a sua influência no sistema internacional e adaptá-lo aos seus interesses nacionais.
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