No dia 10 de Junho, António Costa, Primeiro-Ministro do nosso país, percebeu o seu profundo isolamento político e pessoal. Nesse dia um bando de professores empunhando faixas com uma caricatura racista gritaram-lhe insultos profundamente racistas relativos à sua cor, Negra, e à sua ascendência étnica, indiana. Reagindo Costa denunciou veementemente e com toda a razão o racismo de que estava a ser vítima.
Mas essa denúncia foi rapidamente ridicularizada pela generalidade dos analistas, desmentida por políticos de vários quadrantes, qualificada como exagero, desqualificada mesmo pelo próprio Presidente da República. A caricatura e os insultos apoiados mesmo como legítima manifestação da liberdade de expressão pela Iniciativa Liberal e pelo Chega.
Que consequências tirará António Costa de todo este episódio? Finalmente compreenderá que os antirracistas têm razão? Que Portugal precisa de uma grande reforma, na Educação, no Trabalho, no acesso à política, na representatividade social, nas Artes e na Cultura para que passe a refletir a sua diversidade histórica? Estará disposto a emendar a...
É na adversidade que se conhecem as pessoas que nos rodeiam, que se distinguem os verdadeiros amigos dos falsos, que se vêm os que estão connosco e os que apenas querem beneficiar de uma proximidade.
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